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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A nova onda psicodélica


O bom e velho rock n roll sempre usou os meios disponíveis de cada geração para se perpetuar, talvez por isso sempre que acreditamos na morte do gênero, descobrimos que ele esta vivo, rico e pulsante.

Na América, diante do domínio nos meios de comunicação das cantoras pop chiclete (Nem todo pop é chiclete) e da mesmice que virou rap, o rock encontrou na internet, nos blogs o lugar onde se espalhar, na verdade ele faz o mesmo aqui no Brasil, o cenário brasileiro atual esta fértil, mas não espere ver nada que valha a pena no Faustão, Gugu ou nas rádios, as boas bandas e artistas estão escondidos nos blogs de música e nas casas de shows das grandes cidades.

Free Four é um blog de música, então irei ao que interessa. 

Com pouca informação a respeito, mas com muitas horas de audição, vou falar de uma banda formada no ano de 2000, que em 2005 lançou seu primeiro compacto, mas somente em 2007 o seu primeiro disco, o segundo em 2009 e o terceiro agora nesse mês. 

O nome  complicado é "Assemble Head in Sunburst Sound", é perda de tempo falar sobre as formações pois existem diversas mudanças, participações nas musicas e as informações sobre a história são muito vagas, mas eles são do berço da contra-cultura dos anos 60, a cidade de São Francisco na Califórnia, fica evidente que se trata de psicodelia pois é o estigma da cidade, mas com uma levada para o space rock inglês, que é uma característica das novas bandas Californianas desse gênero.

No primeiro álbum, Ekranoplan de 2007  é composto por faixas mais roqueiras, explosivas, marcadas por guitarras distorcidas e ecos, a grosso modo, uma mescla de 13th Floor Elevators com Hawkwind, muitas musicas instrumentais, mas ainda sim empolgantes como as lindas "D. Brown" e "The Chocolate Malden's Misty Summer Morning" que podem ser conferidas nos vídeos abaixo.
O segundo album, "When Sweet Sleep Returned" já trás algo mais atmosférico, não sem perder as características iniciais, mas a presença de uma voz feminina e a maior incorporação do que é chamado de Space Rock, alimenta um som levemente mais intimista. Outro detalhe interessante são as capas dos discos, feitas por um ótimo cartunistas chamado Andy Ristaino, trás o impacto visual porta de entrada para a loucura sonora contida nas faixas.





Não tive oportunidade de ouvir o álbum recém lançado Manzanita, mas com um pequeno histórico de ótimas músicas desses caras, estou muito curioso.

Se engana quem pensa que o rock morreu, basta apenas sair um pouco da preguiça de ouvir aquilo que já foi mais do que degustado e experimentar coisas novas, no caso aqui ouvir.











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