Nota: 9
O texto representa a opinião do autor.
Após o crescimento que o álbum anterior lhes proporcionou, era a hora da banda lançar um disco que deveria catapultar o quarteto ao topo de uma vez por todas, e após um tempo maior de estúdio (de 01 de setembro a 27 de dezembro de 1985), novamente tendo a tutela de Flemming Rasmussen na produção (a banda esteve junta mais uma vez nesse aspecto) e na engenharia de som, mais a mixagem de Michael Wagener e Mark Wilzcak, além de George Marino na remasterização, nasce ‘Master of Puppets’.
A arte gráfica prioriza o conceito que o disco carrega em quase todas as faixas: manipulação por qualquer tipo de instituição ou grupo, e ainda segue o padrão não tão exagerado dos discos anteriores, em que pese o fato de existir uma versão dupla em vinil deste disco, e a Elektra, gravadora da banda, aproveitando ser este o primeiro LP da banda pelo selo (o anterior foi lançando primeiramente pela Megaforce).
Musicalmente, LP causa espanto logo na primeira audição, porque a gravação está muito seca, priorizando mais o aspecto agressivo da banda, mas mantendo os elementos do ‘Ride the Lightning’ intactos, embora a banda esteja ainda mais técnica e as composições mais longas. Basta dizer que até mesmo as faixas mais cadenciadas e melodiosas esbanjam uma agressividade ímpar. Mas após a segunda audição, a clara impressão que qualquer fã de Metal que se preze é que está diante de um dos discos mais importantes da história do estilo.
O disco abre com ‘Battery’, uma faixa bem rápida e execução mais simples que as outras, quase como se revisitando alguns aspectos do ‘Kill ‘Em All’ e impondo novos elementos. A seguinte é a longa e clássica ‘Master of Puppets’, onde pela primeira vez, James contribui com um solo, e a faixa é dona de uma variação de climas e andamentos perfeita. ‘The Thing That Should Not Be’ é uma faixa bem cadenciada e pesada, no estilo que a banda agora trilha, e é seguida por uma semi-balada, ‘Welcome Home (Sanitarium)’, que segue uma linha semelhante à ‘Fade to Black’, do LP anterior. ‘Disposable Heroes’ é outra canção longa e que prioriza as mudanças de andamentos, um dos grandes destaques do disco, assim como a faixa seguinte, que é um pouco mais curta e mais focada na cadência, ‘Leper Messiah’. ‘Orion’ é uma instrumental gigantesca, bem variada e novamente tem um solo de James, mas esta faixa é um pouco enfadonha, já que nem todos são fãs de músicas instrumentais. Fechando, temos ‘Damage Inc.’, veloz, técnica e bem variada.
O sucesso esperado veio, mas cobrou preços altos da banda: James quebrou o braço andando de skate, tendo seu roadie, John Marshall, fazendo suas partes de guitarra na tour como suporte de OZZY OSBOURNE nos EUA, e em 27 de Setembro de 1986, em um acidente com o tour bus da banda em Dörarp, na Suécia, tirou a vida de Cliff Burton e ainda colocou o futuro da banda em questão, mas após decidirem ir em frente (pois acreditavam que esta seria a vontade de Cliff, inclusive com a família dele lhes dando apoio na decisão), e depois alguns testes, Jason Newsteed, ex- FLOTSAM & JETSAM, entra para a banda, excursionando e cumprindo os compromissos, fechando a tour em 1987, para então soltarem o EP de covers ‘Garage Days Re-revisited’, e prepararem material para o quarto disco da banda, enquanto James se recuperava de novo acidente com skate...
Tracklist:
01. Battery
02. Master of Puppets
03. The Thing That Should Not Be
04. Welcome Home (Sanitarium)
05. Disposable Heroes
06. Leper Messiah
07. Orion
08. Damage Inc.
Formação:
James Hetfield – Vocais, guitarra base (solo 1 na faixa 2, e solo 2 na faixa 7)
Kirk Hammet – Guitarra solo
Cliff Burton – Baixo
Lars Ülrich – Bateria
Contatos:
http://www.metallica.com/
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